O Fórum Social Temático Crise Capitalista, Justiça Social e Ambiental realizado de 24 a 29 de janeiro de 2012 em Porto Alegre (Brasil) e Região Metropolitana teve como objetivo uma preparação para a Cúpula dos Povos da Rio+20.
Dentro desse contexto foi produzido um Documento de Trabalho que reúne as propostas dos textos elaborados pelos Grupos Temáticos do Fórum.
O momento político propiciado pela Rio+20 constitui uma oportunidade única para “reinventar o mundo”, apontando saídas para o perigoso caminho que estamos trilhando.
Na atual estrutura de poder mundial, controlada pelos interesses das grandes corporações, dos países “desenvolvidos” e dos “emergentes”, não existe real vontade em pôr em risco o “negócio do desenvolvimento”.
De um lado, os países ricos estão sendo golpeados pela estagnação e pela crise, mas as corporações acumulam caixa, os especuladores têm seus lucros garantidos; ao mesmo tempo a maioria da população enfrenta políticas de austeridade.
De outro lado, os grandes países “emergentes” continuam a expandir suas economias nos marcos do capitalismo global. A crise da “criatividade financeira” do neoliberalismo estimulou o renascimento de desenvolvimentismos.
A expansão econômica é feita aprofundando suas contradições: desigualdade e concentração de renda, super-exploração e precariedade do trabalho, deterioração ambiental, estrutura fundiária concentrada, crescimento das favelas, serviços sociais precários.
Cidadãs e cidadãos indignados se insurgem contra tudo isso em várias partes do mundo. Mas a dinâmica das forças anti-sistêmicas ainda é muito fragmentada, heterogênea, desigual e desarticulada, entre os continentes e entre países de uma mesma região. Ainda não se deu a liga entre eles, a articulação que junta a diversidade num grande movimento irreversível.
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