A culpa é da chuva?

Nessa Sexta-feira dia 6/04, os moradores de Teresópolis na região serrana se depararam com um novo problema causado pela velha "má administração da ocupação urbana" que fez estragos em praticamente todos os pontos da cidade e do município.
Os resultados são dramáticos e para as soluções não se tem previsão.
Como todos sabem em muitos casos as enchentes não são acidentes, mas tragédias anunciadas, como bem vemos em São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina entre tantos outros lugares, não tão grandes nem tão ricos quanto esses.
Será que temos mais uma tragédia climática como foi anunciado em 2011 ou estamos encarando uma tragédia Socio-Político-Ambiental? 

Vamos entender mais um pouco de ocupação urbana!?
A ocupação urbana brasileira foi marcada por um processo acelerado de transformações. A transição urbana, ou seja, a passagem de uma população predominantemente rural para uma urbana, não só no Brasil como nos demais países latino-americanos ocorreu em um ritmo muito rápido. A partir de 1960 a população rural brasileira se manteve estável (na casa dos 38 milhões). Enquanto isso, a população urbana que era de 31 milhões em 1960, passou a ser de 80 milhões em 1980, momento em que a população passa a decrescer. Neste ritmo acelerado, planejar o crescimento da cidade apresentava desafios de ordem mais imediata, considerando a demanda por moradia e espaço urbano.
Quais os problemas mais graves acarretados por uma ocupação urbana desordenada?
Quando a ocupação urbana se torna desordenada, problemas viários, sanitários, ambientais, de segurança, de acesso a serviços se tornam mais complexos de serem resolvidos.
Assim avalia o sociólogo Ricardo Ojima

Mas nem tudo está perdido e existem exemplos de cidades que reavaliaram suas políticas e investiram em planejamento urbano como podemos ver no trabalho revolucionário do arquiteto Jan Gehl que nos mostra como as coisas podem dar certo. 
Inspirada nesses grandes exemplos o projeto da jornalista brasileira Natália Garcia, Cidade para pessoas, busca soluções e propostas nas cidades projetadas por Gehl que podem ser adaptadas para as cidades tupyniquins.

O planejamento urbano pode fazer as pessoas mais felizes?
Planejamento urbano não garante a felicidade. Mas mau planejamento urbano definitivamente impede a felicidade. A pior coisa para a felicidade das pessoas é perder tempo paradas no congestionamento. Se a cidade conseguir diminuir o tempo que você fica parado no trânsito e lhe oferecer áreas de lazer para aproveitar com seus amigos e sua família, ela lhe dará mais condições de ter uma vida melhor. O planejamento urbano é uma plataforma para as pessoas serem felizes.

Esse ano de 2012 teremos eleições e a Rio+20; Então vamos ficar de olhos bem abertos nas ações e caminhos que estão sendo tomados pelos governos para lidar com essas problemáticas.

Entrevistas completas dos trechos usados acima

Nenhum comentário:

Postar um comentário